Composteira

Como bióloga aprendi muito sobre Ecologia e tenho grande interesse em tentar ao máximo ter uma vida equilibrada e sustentável, diminuindo o consumo, economizando todos os recursos, reaproveitando o tudo que posso para não impactar o ecossistema. 

Fazia tempo que estava querendo fazer uma composteira caseira. Queria mesmo aproveitar resíduos como bombonas de água ou baldes de manteiga e óleo. Fui em várias cantinas, padarias, mercados, mas em nenhum lugar consegui os recipientes para reaproveitá-los. Desisti de conseguir os resíduos por doação e fui atrás de recipientes plásticos para comprá-los. Também não foi fácil achar, pois eram pequenos, transparentes, tampas mal vedadas, ou então muuuito caros.

Foi então que um belo dia avistei numa loja essas caixas organizadoras pretas com tampas bem vedadas e ainda com rodinhas no fundo (PER-FEI-TAS). Tinha várias opções de tamanho (20 L, 25 L, e 30 L). Como agora estou casada, o lixo aqui em casa é gerado por apenas duas pessoas, então optamos pela menor. As caixas custaram R$ 17,00 cada uma. Achei bem barata em comparação com as outras caixas que havia visto. E comparando com o preço da composteira pronta que vende na internet saiu bem em conta pois elas custam em média R$ 250,00! Lembra dos retalhos de adesivos que consegui numa gráfica para fazer as bolinhas dos vasinhos de tempero? Se não viu, dá uma olhada no post anterior. Sobrou adesivo e fiz os números para etiquetar a nossa composteira. Não ficou linda demais?

A única coisa que precisamos fazer foi furar duas tampas e dois fundo de caixas com a uma furadeira. Alvaro fez isso super rapinho. Adicionamos gravetos no fundo, folhas secas e cobrimos com terra preta com húmus de minhoca  na parte 1 e 2.

 O fundo da caixa 3 fica fechado e é lá que o chorume bom será depositado. A parte superior também deve fica bem vedada para não atrair vetores (como moscas e baratas).

Você vai adicionando o resíduo orgânico como cascas de legumes e verduras, folhas secas, ervas daninhas, pó de café, chá na caixa superior. Quando ela estiver cheia é só trocar as caixas de lugar, colocando a caixa 2 na parte de cima (isso explica o motivo das minhas caixas estarem fora de ordem). O ideal é que os resíduos sejam picados ou triturados para acelerar o processo e facilitar a ação dos nossos amigos decompositores. As minhocas são lindas e perfeitas para ajudar na decomposição e na manutenção da composteira. Por isso o furinhos, para que elas possam se locomover entre as caixas.

É muito importante saber o que pode ser colocado na composteira, caso contrário tudo dará errado! A imagem do site Terraristascambiolento explica de forma bem didática e resumida o que deve ser adicionado na composteira e o que não deve.

Deve se lembrar de pelo menos duas vezes por semana revirar a terra para que as bactérias aeróbias ajam, caso contrário o local ficará com pouca oxigenação e as bactérias anaeróbias passarão a agir, o que tornará o ambiente mais ácido liberando um cheiro ruim. 

Adicionar cascas de ovos trituradas também ajuda a equilibrar o pH da composteira (por falar em cascas de ovos descobri tanta coisa legal que dá para fazer com elas, estou testando todas e vou fazer depois um post especial para elas!).

Geralmente não é necessário molhar a terra, pois os próprios resíduos possuem alto porcentagem de água, no entanto é necessário que você preste atenção tocando a terra para ver se ela está úmida, caso não esteja borrife um pouco de água.

Reparem na foto acima Adelaide (minha nova cadelinha) me ajudando! kkkkkk... 

Além de não jogarmos comida fora, e utilizarmos algumas cascas de frutas e legumes em outras receitas, a composteira tem sido uma excelente aliada na  diminuição dos resíduos que geramos, transformando o que seria lixo em potencialidade de vida! Esse é o ciclo da decomposição. 

Saía do conformismo e da comodidade e mude seus hábitos tornando-os mais sustentáveis!

Beijinhos

Rebeca